Que tranquilidade! As crianças estão finalmente dormindo!
Mas, no meio do seu suspiro de alívio, você ouve uma vozinha dizendo: “Mãe! Pai! Estou com medo!”
Não é nada novo – ao longo dos anos, você já verificou a presença de bicho papão debaixo da cama, monstros no armário, dinossauros fora da janela e um grande e assustador palhaço que supostamente visita o quarto do seu filho à noite.
Mesmo as suas melhores habilidades de detetive nunca encontraram nada além de um pouco de poeira e uma meia perdida.
Ainda assim, seu filho permanece duvidoso.
– Eu vi, eu juro… porque… e se… !?!
Os medos da infância não se limitam à noite, é claro – muitas crianças têm medo de tudo, desde piscinas (e se houver um tubarão na parte funda?!?), trovoadas (e se o raio me atingir?!?), cobras, aranhas e baratas (esses quem é que não tem, não é mesmo?).
Alguns medos podem ser mais legítimos que outros, mas todos são muito reais para o seu filho, seja ele de dois ou doze anos.
Se há algo imaginário e feroz assombrando sua casa, não se preocupe: seus filhos não precisam crescer com medo irracional do escuro, ou de qualquer outra coisa!
(Procurando maneiras de encorajar seus filhos? Nossa lista GRATUITA de 27 Palavras e Frases Encorajadoras está cheia de sugestões úteis.)
As cinco estratégias abaixo ajudarão a dar ao seu filho a confiança e a coragem para enfrentar os bichos-papões – ao lado dos medos mais realistas e pesados da vida.
- Valide os Sentimentos do Seu Filho, em Vez de Ignorar
Você pode estar muito ocupado, frustrado ou exausto para falar novamente sobre zumbis, vampiros ou qualquer um dos vilões da ficção macabra. (“- Não existe isso filha, são apenas criaturas inventadas!”)
Mas as crianças mais novas, especialmente, ainda estão tentando entender o mundo e separar a realidade da fantasia. Essa distinção é compreensivelmente nebulosa.
É nosso trabalho tranquilizar nossos filhos de que certas ameaças são muito menos plausíveis que outras (ou simplesmente impossíveis), mas podemos acompanhar essa garantia com uma pontada de empatia também. É difícil ser pequeno e estar inundado com centenas de imagens – e avisos verbais – de potenciais perigos todos os dias.
As crianças não são tolas por recorrerem à luta e fuga enquanto processam tudo; primeiro o medo, depois o raciocínio. (Mesmo sabendo que seu filho não vai ter intoxicação alimentar daquela mordida de brócolis, ele não tem tanta certeza…)
E, claro, o medo pode ser útil. Seu propósito é claro, a sobrevivência!
Em vez de descartar as ansiedades de nossos filhos, ajuda responder com empatia e encorajamento.
Concordar e ser simpático não significa alimentar a ansiedade ou o medo. Apenas significa que estamos deixando nossos filhos saberem que entendemos como é estar com medo – e não há nada do que se envergonhar.
- Incentive Seus Filhos a Buscarem Soluções com Confiança
Após mostrar simpatia, é hora de expressar que estamos confiantes de que nossos filhos podem superar seus medos.
Neurocientistas e psicólogos concordam que, embora algum medo seja inato, muito dele também é adquirido.
A ótima notícia é que isso nos possibilita ter mais controle sobre nossos medos. E ter mais controle é uma vantagem a nosso favor.
De fato, h’a crianças que têm um pouco mais de controle sobre suas vidas – que tomam algumas decisões apropriadas para a idade durante o dia e conseguem expressar suas opiniões – são crianças que possuem um nível alto de pertencimento e significância.
Isso naturalmente as fazem e se sentir seguras e autoconfiante.
E, como você pode imaginar, crianças confiantes estão mais dispostas a assumir riscos saudáveis e corajosamente luta contra seus medos.
Digamos que seu filho de 6 anos se aproxime de você – depois de ter visto algo na TV que sua irmã mais velha estava assistindo – e quer que você o conforte. Ele confia em você para gerenciar seu medo e protegê-lo.
Isso é natural, é claro. Nós somos os pais, e protegemos nossos filhos! Mas nunca é cedo demais para apresentar nossas crianças a ferramentas que os ajudarão a resolver situações temerosas por si mesmos. Você pode se ajoelhar ao lado do seu filho de 6 anos e dizer: “Quando você vê algo na TV que te incomoda, você pode mudar o canal ou se afastar!” Ou, “Você pode lembrar a si mesmo que esses são atores, e eles estão apenas fingindo!”
Claro, nem todos os medos são baseados em algo falso. Um dia, sua filha de 11 anos pode mencionar um incidente de bullying na escola. Ela tem medo de voltar para a mesma aula e ser humilhada – ou até mesmo agredida fisicamente.
Em primeiro lugar – é incrível que ela esteja indo até você em busca de proteção. Isso significa que ela confia em você e na sua orientação. Você vai oferecer isso com prazer, é claro, e ajudar de qualquer maneira possível. (Perfeito seria se você pudesse sempre manter essa comunicação aberta entre vocês!)
Assim, situações como essas, são uma maravilhosa oportunidade para treinar nossos filhos na resolução de problemas – como lidar com conflitos e até lições de como se relacionar com outras pessoas difíceis.
Com o bullying, as soluções podem incluir: ignorar provocações, falar com os professores da escola, aprender autodefesa, apontar conselheiros ideias para a criança confiar ou até mesmo ir à polícia. Você pode apresentar várias opções e treinar seus filhos sobre a melhor ação a se fazer para cada circunstância.
Porque na próxima vez, você pode não estar disponível ou por perto para ajudar.
Sempre que enfatizamos a resolução de problemas, estamos dando a nossos filhos a chance não apenas de evitar o medo e seus efeitos negativos, mas de enfrentá-lo e aprender através dele.
- Exposição Gradual a Filmes Mais Assustadores
Não podemos controlar tudo a que nossos filhos são expostos. Até mesmo filmes infantis têm um vilão. Isso faz parte da vida.
Mas podemos gerenciar muitas das informações que passam por suas telas. Isso inclui instalar controles em smartphones, televisões e tablets.
E, para o que não podemos monitorar, podemos fornecer contextos e pensamento crítico.
Lembre-se – tudo o que nossos filhos assistem na televisão ou na Internet será processado em suas mentes.
Ao assistir algo assustador, podemos colocar as coisas em perspectiva. Como por exemplo: “aquele super-herói morreu por uma boa causa,” ou, “isso foi exagerado para tornar a história mais dramática”. Para os pequeninos, pode ser: “Ursula não pode realmente roubar a voz da Ariel e transformar o Rei Tritão em um polvo marinho – isso é bobagem!”.
Se as crianças estão assistindo algo assustador baseado em uma história real – digamos, um filme de guerra – podemos falar sobre como os personagens da vida real tem determinação e bravura. É inclusive uma oportunidade de ouro para falar sobre moral e valores da sua família – ambos oferecem um forte exemplos para ajudar a criança a enfrentar seus próprios medos.
A intenção final não é manter nossas crianças ignorantes de todos os males da vida real: é expô-las lentamente a possíveis danos. Isso pode ajudá-los a entender coisas de um mundo muitas vezes trágico, em vez de se preocupar excessivamente ou ter noites sem sono.
Embora possamos gritar freneticamente para eles ficarem fora da rua ou longe da borda de um penhasco, para eles entenderem as duras realidades, não se trata de algo súbito e/ou traumático, isso não deveria ser visto mesmo que seja nas telas enquanto crianças.
E, embora conquistar o medo seja ótimo – como Bruce Wayne se transformando em Batman para superar seu medo de morcegos – eliminá-lo não precisa ser o objetivo final. Um pouco de medo, mantido sob controle, pode ser útil para coisas como procrastinar em um exame, dirigir com cuidado em dia de chuva e falar com estranhos, entre outras coisas.
Nós apenas não queremos que o medo seja debilitante: especialmente em um mundo onde as crianças estão relatando ansiedade aumentada sobre tudo, desde notas de testes e até provas competitivas. O objetivo é ajudar nossos filhos a encontrar um equilíbrio saudável.
- Aumente os Confortos e o Tempo de Qualidade
Crianças que se sentem seguras e protegidas – tanto no corpo quanto na mente – provavelmente enfrentarão seus medos com maior facilidade.
Em nosso programa online de Educação Positiva para pais e mães, trazemos a voce a melhor maneira de dar às crianças esse conforto profundo através de uma ferramenta que faz a criança aliviar a mente, corpo e alma.
Quando as crianças estão receosas da hora de dormir, seja decorrente de ansiedade de separação ou pelos medos dos terrores noturnos, ou mesmo mais comum medo do escuro, essa ferramenta utilizada antes de dormir, pode dar a elas a sensação de estarem com um “armadura”, que a protege, com amor. Elas podem adormecer com menos luta e dormir muito mais pacificamente.
Ter um rotina antes de dormir divertida e emotiva, distrai as crianças de pensamentos assustadores. Não só proporciona uma sensação tremenda de acolhimento, mas também aumenta o bem-estar e a sua confiança.
Vale lembrar que as atividades noturnas idealmente são calmas e relaxantes. Isso pode significar ler juntos em voz alta, conversar um com o outro sobre o dia ou até construir um castelos de lençol e travesseiros em cima da cama deles. Você só não quer que seu filho fique muito agitado antes de dormir.
Mesmo que você não tenha tempo para uma rotina diária em todas as noites, eliminar a ansiedade, evitar as brigas e lutas de poder sempre que possível antes da hora de dormir ajuda as crianças a adormecerem mais rápido.
E, no dia seguinte? Crianças bem descansadas estão melhor preparadas para o dia, tanto emocionalmente quanto fisicamente, inclusive para enfrentar medos que vierem pela frente.
- Diferencie Entre Medos Reais e Exagerados
Às vezes, as crianças exageram seus medos para chamar nossa atenção. Táticas para adiar a hora de dormir como, “Você pode olhar meu armário para ver se tem monstros novamente?” ou um pedido como, “Posso dormir ao seu lado esta noite? só desta vez!” podem ser exemplos clássicos.
Isso é especialmente provável se as crianças se sentem carentes ou não estão recebendo aquela dose diária de vínculo afetuoso dos pais.
Você conhece seu filho melhor que ninguém. Você provavelmente pode dizer se o medo é forjado ou sincero. Se não, há certos sinais a serem observados.
Se sua família enfrentou recentemente um trauma, ou seus filhos se sentem consistentemente ou incontrolavelmente chateados, com medo ou ansiosos, você pode precisar procurar ajuda. O medo pode ser situacional (e ainda precisar de atenção) ou pode indicar um transtorno de ansiedade subjacente ou fobia.
Muitos conselheiros e psicólogos se especializam no tratamento do medo em crianças, então, em caso de dúvida, não hesite em procurar ajuda.
Pensamentos Finais
O medo pode ser uma realidade na vida diária de nossas crianças, mas nunca deve ser paralisante. Com essas estratégias, você pode ajudar seus filhos a dominar suas maiores preocupações e crescer cada vez mais confiantes de sua própria força.
De crianças pequenas a adolescentes, nossos filhos são guerreiros. Vamos ajudá-los a ver isso.
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- Use e abuse das 27 Palavras e Frases Encorajadoras e promova comportamento positivo em seu filho.